quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

sem título

mudei de poiso e o jazz emudeceu. esqueci-me de substituir o cd.
vi, de passagem, alguns flashes de notícias.
o Obama está a ter dificuldade em constituir equipa e tudo por razões de fiscalidade incumprida. Afinal não era só cá que todos os que podiam fugiam ao fisco. as obrigações que cada um, como cidadão tem de cumprir, são de aplaudir e de defender quando aplicadas ao outro, o outro que ao nosso lado tem de ter um comportamento irrepreensível, não eu, e então o eu que pertence ao clã dos vencedores, à nata dos dirigentes ou potenciais dirigentes, pode ser um relapso, aliás faz bem ser relapso ... o estado social faz-se com os outros, não comigo, não comigo, não comigo... mas eu sou um sério e honorável cidadão ... o pior é quando as coisas passam para o domínio público e uma vaga de moralidade varre a sociedade. não cá, lá, no país que elegeu o Obama com risos e lágrimas nos olhos da utopia quase realizada. Pois, mas o dia a dia é difícil e os heróis são gigantes de pés de barro...
aqui, o helder do cds, que vive cá no meu burgo e aqui deu os seus primeiros passos políticos, daí que ser do cds é normalíssimo, mas também podia ser laranjita, falou da coligação do cds ( a propósito, perdeu o PP. já não é popular e o paulinho deixou de se perfumar pelos aromas das feiras, mercados e bancas do país?) com o psd para a câmara da capital do "império" perdido e bem perdido, só tardou pela demora... também se tivesse sido antes, perdia o tema da minha tese de doutoramento. está bem, é preciso ser-se masoquista e voltar ao sítio onde não se foi assim tão feliz... mas a vertigem do poder é tão grande que os mesmos, sempre os mesmos, mais velhos, cheios de brancas e pés de galinha, gaguejando já um discurso estafado, poem-se em bicos dos pés para que os holofotes das luzes da ribalta ( e que ribalta? pastosa, pantanosa, fétida) lhes ilumine os rostos cansados, porque a mente há muito que caducou.
dá até ideia que eu abomino a política e tenho essa ideia bem portuguesinha e rasteira que a política é uma coisa horrosa, suja e que, segundo o bom jargão do salazarismo "a minha políticaé o trabalho", uma máxima óptima num tempo em que a discussão e a divergência não era permitida... contudo discutias-se a havia quem achasse a política e a luta de resistência uma causa nobre.
pois é, mas eu gosto de polítca e muito. a minha tese é de história política.
mas política com P maiúsculo, a política ligada à dignificação da coisa pública, do bem comum, da responsabilidade e da co-responsabilidade, da subsidariedade. a política séria, mas alegre porque a alegria faz parte da vida e das utopias.
abomino a rasteirice, o golpe baixo, a discussão de trivialidades e de formalismos bacocos...
mas é assim
despedimentos, despedimentos, desempregos, falências... eu tenho uma ideia sobre isto.. um destes dias escrevo a minha opinião, e no parlamento discussões que me parecem estéreis, as imagens que os meios de comunicação emitem a isso levam a crer. de propósito... acho que sim... é a teoria da conspiração... talvez, mas que em política se conspira, disso não tenho dúvida nenhuma. por isso, yes we can't.
está a começar a trovejar neste inverno inclemente

Sem comentários:

Enviar um comentário